sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sobre o debate da Band

Fonte: Alcinéa Cavalcante

Às 22h o apresentador Pedro Valeda, que mediaria o debate da Band Macapá entre os candidatos Roberto Góes (PDT) e Camilo Capiberibe (PSB) entra no ar, lê a sentença da Justiça Eleitoral autorizando a realização do debate e após isso informa que o debate está cancelado porque o candidato Camilo havia entrado na Justiça.

Sim. E daí?

Ele tentou impugnar o debate, mas a Justiça autorizou a realização. Portanto, o debate tinha que ser feito. Camilo estava lá na hora marcada. Roberto Góes não.

Isso parece brincadeira.
Parece coisa de garotinho birrento, que diz pro outro "ah, tu foste fazer fuxico então agora eu não brinco mais contigo".

Ora, se o debate estava autorizado tinha que ser feito. Se Camilo não fosse, que o tempo do debate fosse usado para entrevistar o candidato Roberto Góes.

Se Roberto não foi e Camilo estava lá, então que fosse entrevistado.

É o que diz a lei. Ou não?

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Pirou de vez

Fonte: Alcinéa Cavalcante

As últimas inserções do PDT no rádio e televisão mostram que deu a louca nos marqueteiros de Roberto Góes. De todos os prefeitos eleitos de Macapá, desde a primeira eleição para prefeito, apenas João Alberto Capiberibe não está no palanque do PDT.

Azevedo Costa, Papaléo Paes, Anníbal Barcellos e João Henrique são aliados de Roberto neste pleito. Se eles transformaram a cidade jóia da Amazônia na pior capital do país, por que Roberto Góes quer governar com eles?

Ah, não vale dizer que foram os vices que fizeram isso. Raquel Capiberibe (vice de Azevedo Costa) e Cláudio Pinho (vice de Papaléo Paes) como qualquer vice não manda, não apita, não dá pitaco em nada. Vice é figura decorativa.

Ou será que no governo Waldez quem manda é o vice Pedro Paulo (PP)?
É isso que dá ir na corda do Sarney e importar marqueteiro do Maranhão.
Paracy Negreiros - que fez a campanha no primeiro turno - é doze mil vezes melhor que eles.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Escândalo na Seed compromete Góes no Amapá

Fontes: A Gazeta, Diário do Amapá e Jornal do Dia
Às vésperas do segundo turno, fantasma de licitação polêmica na Secretaria de Estado da Educação aterroriza planos do candidato do PDT.

Às vésperas do segundo turno da eleição municipal em Macapá, Adauto Bitencourt, Carlos Montenegro e o candidato do PDT Roberto Góes são os protagonistas de um só escândalo no Amapá: a licitação, promovida em dezembro de 2007, para a nova empresa de vigilância da Seed, a Secretaria de Estado da Educação.

Aliás, a pretensão de Roberto Góes à Prefeitura já está ameaçada desde a sua derrota, no primeiro turno, para o candidato do PSB, Camilo Capiberibe. A apuração das urnas, concluída oficialmente no domingo (05/10), indicou 48.020, ou 26,53% dos votos, para Góes, contra 59.864, ou 33,07% dos votos, para Capiberibe.

Há quase dez meses, Adauto Bitencourt, o secretário de Educação do Amapá, anulou a licitação sem qualquer autorização judicial, além de ter proibido a imprensa de cobrir o pregão na sala da Comissão Permanente de Licitação (CPL). Dele, participaram a Pointer, a Israel, a P. Inácio, a Serpol, a A.G. Albuquerque, a L.M.S. e a Servi-San.

Mas, para Waldez Góes, primo de Roberto e governador do Estado, houve total transparência no processo. “Quem ganha com isso é a sociedade, já que o processo foi feito com a presença de todos”, disse ele ao jornal a Gazeta, pouco antes de Bitencourt suspender a toda licitação e licenciar-se do cargo para ajudar Roberto Góes.

Antes disso, também, o Diário do Amapá publicou reportagem denunciando uma possível fraude no pregão. De acordo com a matéria, quatro das empresas que alcançaram os primeiros lugares seriam inabilitadas, e a disputa seria vencida por outra já desclassificada na etapa de lances, a Israel Vigilância e Segurança Ltda.

Nessa época, a coluna Alvoroço, do mesmo jornal, constatou: “a licitação da Seed (...) está causando muito alvoroço e nenhuma transparência (...) por conta da classificação de apenas uma empresa, a Israel – leia-se Serpol.” Isso porque a decisão não teria sido de Adauto Bitencourt, mas, sim, de um tenente coronel da Polícia Militar.

As licitações da PM, inclusive, eram coincidentemente vencidas pela Israel. E, como esse militar respondeu, por um tempo, pelos pregões da polícia, alguns jornais amapaenses passaram a suspeitar da fraude – especialmente porque uma das empresas pertence a um dos assessores da campanha de Góes, o empresário Carlos Montenegro.

Até que a Justiça interviu. E, não tivesse ela sido acionada – como lembrou o Diário do Amapá na coluna Diário Cidades, de janeiro deste ano – o secretário estadual de Educação teria renovado o contrato da Serpol por mais uns anos. “É necessário que se investiguem os documentos”, admitiu o promotor Pedro Leite, do Ministério Público.

Enquanto isso, a L.M.S. Ltda. foi prejudicada. Afinal, havia oferecido o menor preço (R$ 11,2 milhões), vencia a disputa e acabou desclassificada. Porém, quando a empresa conseguiu suspender sua desclassificação, o Ministério Público do Amapá resolveu investigar a relação da Seed com o grupo de Carlos Montenegro.

Uma das suspeitas é de que teria havido dois desvios de R$ 25 milhões da União e dos cofres públicos. O que, para o secretário Bitencourt, rendeu um mandado de segurança impetrado pelo Tribunal de Justiça do Estado. Desde 2003, a Serpol faz a vigilância patrimonial da Seed sem licitação.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Capiberibe pede mudança; Góes manterá estratégia para o 2º turno em Macapá (AP)

Fonte: G1 (SP)

Disputa ficará entre Camilo Capiberibe (PSB) e Roberto Góes (PDT). Primeiro teve 33,07% dos votos, enquanto o segundo somou 26,53%.

A eleição para prefeito de Macapá irá para o segundo turno. Concluída a apuração, Camilo Capiberibe (PSB) ficou com 59.864 votos (33,07%) e Roberto Góes (PDT) teve 48.020 votos (26,53%).

Após o encerramento da apuração, os candidatos disseram que irão procurar os derrotados para alianças no segundo turno.

Capiberibe frisou que vai buscar aqueles que, como ele, defenderam que "Macapá quer mudanças". Ambos afirmaram que manterão a mesma estratégia usada no primeiro turno.

Camilo Capiberibe (PSB)

Deputado estadual, Camilo Capiberibe, de 36 anos, tem como candidato a vice Randolfe (PSOL). Além dos dois partidos, forma a coligação “Frente pela Mudança” o PMN.

Roberto Góes (PDT)
Antônio Roberto Rodrigues Góes da Silva foi presidente da Federação Amapaense de Futebol, e vereador da capital, aos 26 anos, em 1992, com 782 votos. Dois anos depois, foi eleito deputado estadual, com 2.407 votos. Foi reeleito em 1998, 2002 e 2006, quando foi o mais votado do estado com 10.641.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Denúncias de corrupção, assassinato e drogas prejudicam Roberto Góes no segundo turno

Fonte: Diário do Amapá (14/12/2007 e 15/05/2008)

A primeira denúncia: o envolvimento de um assessor de sua campanha, o empresário Carlos Montenegro, em uma tentativa de fraude em licitação. Em dezembro de 2007, foi vazada a informação de que as quatro empresas que alcançaram os primeiros lugares na licitação para prestação de serviços de vigilância para a Secretaria de Estado da Educação (Seed) do Amapá seriam inabilitadas porque a Israel Vigilância, mesmo tendo sido desclassificada na etapa de lances, venceria a disputa.

Além desta, o candidato do PDT em Macapá tem inúmeras outras denúncias que podem atrapalhar a sua caminhada à Prefeitura, já ameaçada por sua derrota, no primeiro turno, para o candidato do PSB, Camilo Capiberibe. A apuração das urnas, concluída oficialmente no domingo (05/10), indicou 48.020, ou 26,53% dos votos, para Góes, contra 59.864, ou 33,07% dos votos, para Capiberibe.

O próprio Carlos Montenegro, correligionário de Roberto Góes e dono da última empresa que prestou serviços à Seed foi, em maio de 2008, culpado pela morte de uma modelo amapaense em Brasília (DF). E, de acordo com o Relatório do Inquérito, concluído pela Polícia Civil depois da denúncia feita pelo Ministério Público do Distrito Federal, a “Miss Verão” Patrícia Melo, de 21 anos, foi empurrada por ele do 14º andar de um hotel de luxo em janeiro de 2005.

Os assessores, pilares da campanha de Góes no Amapá, já estão sendo investigados pelo departamento da Polícia Federal no Estado pelos crimes de fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, estelionato, lavagem de dinheiro, associação criminosa, e etc.

A terceira e mais intrigante denúncia: um tráfico de drogas foi registrado em maio de 2007 na Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes da cidade. Dois homens foram presos em uma propriedade rural do candidato enquanto faziam uma mistura de drogas. Esse fato foi registrado em Boletim de Ocorrência, mas não se sabe ainda se o processo corre em segredo de Justiça ou foi inexplicavelmente abafado.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Amapá é o primeiro Estado brasileiro a concluir a apuração das eleições para prefeitos e vereadores

Fonte: G1 (SP)

Às 20h56, a capital, Macapá, encerrou a contagem dos votos; ela é, inclusive, a única cidade do AP que elegerá um prefeito em segundo turno.

O Amapá é o primeiro estado brasileiro a concluir a apuração nas eleições municipais de 2008. Segundo dados do TSE, o último município a encerrar a contagem de votos ali foi a capital, Macapá, que terminou o processo às 20h56 deste domingo (5), no horário de Brasília.

O pequeno número de municípios e o tamanho modesto dos colégios eleitorais neles ajudou na agilidade. De todas as cidades do estado, apenas Macapá terá segundo turno, no qual vão se enfrentar Camilo, do PSB, e Roberto Góes, do PDT.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Crime eleitoral na calada da noite

Fonte: Alcinéa Cavalcante

A Polícia Federal e os juízes eleitorais Rommel Araújo e Guilherme Lages apreenderam esta madrugada milhares de cestas básicas, remédios, receitas médicas, cadernos e agendas com cadastros de eleitores e tickets combustível na casa de uma assessora da vereadora Helena Guerra, candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada por Roberto Góes (PDT).

Dois carros cheios de cestas básicas também foram apreendidos e três mulheres e um homem foram presos.

A denúncia chegou à Justiça Eleitoral através do telefone "Fiscal da Democracia" (9119-2008). Os juízes Rommel e Lages, acompanhados de policiais federais e membros da comissão de fiscalização, se dirigiram ao local no bairro Perpétuo Socorro e flagraram tudo enquanto os carros saíam cheinhos de cestas básicas e remédios para fazer a distribuição entre o eleitorado. Dentro da casa, mais uma quantidade imensa de cestas foi encontrada.

As quatro pessoas presas estão prestando depoimento na Polícia Federal e, daqui a pouco, serão recambiadas para o Iapen - o presídio de Macapá.